O Edifício Copan é um clássico da paisagem paulistana, com suas linhas sinuosas e elegantes ele se tornou um símbolo da Arquitetura Modernista Brasileira.
Localizado no centro de São Paulo, o prédio possui a maior estrutura de concreto armado do Brasil. Com 32 andares e 120 mil metros quadrados de área construída, o edifício é dividido em seis blocos com 1160 apartamentos de diferentes dimensões, devido à ambição do projetista de reunir residentes de diferentes classes sociais. Ele também reúne uma área com mais de setenta estabelecimentos comerciais, entre lojas, restaurantes, e inicialmente o projeto contava também com um teatro e cinema.
Sua história
O sonho do Edifício Copan teve início na década de 1950, quando a cidade de São Paulo passou por um crescimento imobiliário de grande intensidade. Ele foi um dos grandes projetos para a cidade de São Paulo apresentado por Oscar Niemeyer no ano de 1951. Era um condomínio que uniria um grande centro comercial, residencial e de lazer. A campanha que lançou o empreendimento previa uma “chuva de dólares para o país”.
Encomendado pela Companhia Pan-Americana de Hotéis, por isso o nome Copan, a ideia original do projeto era prestar homenagem ao IV Centenário da cidade de São Paulo. Niemeyer teve a ideia inspirada no Rockefeller Center de Nova York.
Inicialmente o projeto do Copan iria trazer um edifício residencial de 30 andares e outro com um hotel de 600 apartamentos. Esses dois prédios seriam ligados por uma cobertura em balanço, lateralmente aberta, também conhecida como marquise, no térreo. Essa passagem teria garagem, cinema, teatro e comércio, porém somente o edifício residencial do Copan havia sido construído.
Devido a ocorrência de alguns imprevistos, como, por exemplo, a demora na aprovação de alvarás da construção e problemas financeiros dos primeiros incorporadores do empreendimento, a obra acabou sendo concluída somente no ano de 1966.
A partir de 1957, quando o Banco Bradesco comprou os direitos de realizar a construção do edifício, ocorreram as principais alterações no projeto original, como por exemplo a quantidade de apartamentos que foi de 900 para 1160. Tais mudanças influenciaram muito a execução do projeto, principalmente no quesito do tamanho dos apartamentos.
O Edifício Copan, depois de inaugurado, tornou-se um dos metros quadrados mais caros e valorizados do mercado imobiliário da cidade de São Paulo. Morar no centro era sinônimo de glamour, porém, a partir da década de 80, o Edifício, como grande parte do centro da cidade, passou por um período de degradação.
Elevadores quebrados, paredes desgastadas e lixo por toda parte eram cenários comuns pelo Copan. O local chegou a virar um ponto notório de prostituição e tráfico de drogas. Então, a partir do ano de 1986, a administração do prédio foi delegada aos moradores ao invés da imobiliária, fazendo que então, o Edifício Copan recuperasse seu valor no mercado imobiliário.
O Copan Hoje
Tornando-se icônico na paisagem paulistana devido a sua arquitetura, o Edifício Copan foi, em 2012, tombado como patrimônio da cidade de São Paulo.
Seu formato de S é contrastante com a paisagem paulistana cheia de ângulos retos, trazendo a personalidade e autenticidade que somente um projeto de Oscar Niemeyer é capaz.